quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Gordofobia - Desafios para a Superação da Discriminação

Ser "gordo" ou "gorda" hoje em dia tem um preço

Toda a sociedade há muitos anos discrimina aquelas pessoas que consideram diferente dos padrões escolhidos, para dizer se alguém está ou não está dentro do padrão "aceitável" fisicamente. E por isso se acham no direito de apontar o dedo para o outro, ofender, estigmatizar e até hostilizar, concluindo que podem julgar e decidir sobre os corpos dos outros. A mídia faz isso, as empresas fazem isso, na escola também (com os episódios de bullying), em várias outras instâncias da rede social e até no seio da família há perseguição e abusos.                     



O Mundo é dos magros                                                                                                                           
O julgamento vem logo à mente quando olham para alguém acima do peso que julgam ideal e já pensam em críticas cruéis : "Ah! Ele não é saudável", "Ah" Ela deve ser diabética" e 
por aí vai. Desde a infância, pessoas com peso superior aos ditames estéticos corporais, foram sujeitas a muito preconceito abusivo que certamente a fez sofrer, chorar, se isolar, ficar deprimido (a), e  infeliz, com a autoestima baixa. Além dessa parte subjetiva 
dos sentimentos, há os obstáculos práticos do dia-a-dia que deixam a vida cotidiana difícil, como assentos pequenos, catraca de coletivo estreita, roupas adequadas que 
não se encontra, etc. 


O mercado de trabalho discrimina

É difícil ver a representação positiva do gordo. Quase sempre é visto com deboche e é vítima de comentários maldosos e cruéis. No mercado de trabalho não é diferente, há restrições evidentes, como falta de contratação nas seleções, dispensa sem justa casa ou dificuldade em receber promoções. Mas, algumas coisas têm mudado - aos poucos e devagar - em muitos aspectos, como na moda, a indústria do entretenimento, no lazer, na internet. Há um certo protagonismo surgindo , principalmente por parte de mulheres corajosas, bem resolvidas, donas de si, fortes, assumindo as rédeas de sua própria vida, nem se preocupar nem um pouco com a opinião de terceiros.


"Gordo" pode ter saúde ?

Do mesmo modo que magros acham que têm saúde, o gordo (a) também pode ter. Doenças e problemas patológicos ou hereditários podem surgir em qualquer pessoa. A medicina já não está tão fechada quanto a isso, embora haja muita resistência para entender e aceitar que alguém fora dos limites de aceitação corporal  pode estar com pleno vigor físico. As normas sociais incutindo na coletividade quais estilos de corpos são aceitáveis e saudáveis, não são mais admissíveis, há muitas variáveis que precisam ser levadas em conta. Jamais seremos todos iguais e ainda não aprendemos a aceitar isso, a conviver com as diferenças.


Em abril deste ano, uma academia (veja aqui) de ginástica foi autuada pelo Procon devido a uma propaganda considerada ofensiva às pessoas com peso fora dos padrões. Há sites de piadas na internet com dezenas de piadas ofensivas aos "gordos" (coisas tipo: "não basta ser gordo, tem que ocupar  os dois lados dos assentos dos ônibus" e outras mazelas ainda piores). A luta contra a gordofobia  está apenas começando, mas algumas poucas vitórias já foram alcançadas. 

A falta de apoio para a causa do empoderamento da mulher gorda, principalmente, é sutil, ainda há muitos obstáculos a se enfrentar, mas já se pode ver em determinados campos de trabalho mais visibilidade clips de músicas, vídeos, etc com cantores, modelos e outras profissões se solidarizando à causa, ajudando a quebrar preconceitos.

Casos que transformam vidas

Na internet os depoimentos são comoventes. Uma modelo plus size foi hostilizada num vôo (veja aqui). No Brasil, em outubro 2017, uma atriz brasileira foi desrespeitada nas redes sociais após ter publicado uma foto de roupa íntima (veja aqui a matéria completa). Num episódio de uma série brasileira na maior rede de televisão aberta do país, um personagem insinua à namorada que se ela "engordar, nenhum homem vai desejá-la". 

Em um outro caso, a universitária Jéssica Balbino teve o muro de sua casa pichado com seu nome a palavra gorda, ela postou a foto da pintura nas redes sociais, mas não se sentiu ofendida, repudiou a intenção da ofensa não contra-atacando. Naturalmente, milhares de pessoas poderiam descrever os inúmeros abusos que sofrem diariamente. Cada um de nós sabe de alguma história ou foi o participante dela.

Eu não sou bom o bastante?               

É lamentável os modelos limítrofes de conceitos que nossa sociedade ainda acredita como  os ideais de biotipo para todos, inalcançáveis e consequentemente frustrantes, principalmente para as mulheres que são cobradas por sua aparência estética o tempo todo.  Quando iremos perceber que ninguém será bom o bastante - nunca - para o outro, sempre estaremos distantes em alguma medida, em algum ideal, de tantas maneiras, que  será impossível atingir indefinidamente. Somos o que somos, nossas escolhas são nossas, a "polícia do corpo" não tem o menor base  e fundamento com sua rede de intolerância num mundo essencialmente plural, cuja riqueza está exatamente nesta particularidade, nossa singularidade de pessoas absolutamente distintas mas iguais na essência humana. Pena que só vemos o que não interessa.



Veja mais em : http://www.arquitetandoestilos.com/gordofobia/ ; https://www.agoramt.com.br/2017/07/caminhada-contra-gordofobia-acontece-neste-domingo-09-em-rondonopolis/ ; http://barbaradoblog.com/gordofobia-o-que-e/  ; https://www.vix.com/pt/bdm/comportamento/orgulho-de-ser-gorda-elas-nao-querem-que-voce-as-ache-bonitas-a-luta-e-muito-maior







sábado, 18 de novembro de 2017

50 Anos Incríveis

                                                            


Estamos muito bem, obrigada! É o que deveríamos repetir sempre, principalmente quando constatamos por aí e confirmamos o quanto nos cuidando mais, nos preparamos mais, buscamos mais crescimento e aperfeiçoamento sempre. Um exemplo bem básico é o que vemos nas telinhas, das grandes às pequenas (não tão pequenas assim hoje em dia): atrizes fantásticas, no auge dos seus cinquenta anos ou pouco mais, mostrando para quem quiser ver, todo seu talento, cuidado, posicionamento no mundo, beleza e saúde ( a física, a espiritual e a mental) e uma determinação inacreditável para superação.

15 Incríveis Brasileiras aos 50 anos:

!- Cláudia Raia

2- Patrícia Pìllar

3- Glória Pires
              
4- Fátima Bernardes

5- Luíza Brunet
6- Christiane Torloni
7- Ingra Lyberato

8- Helena Ranaldi
9- Cláudia Ohana
10- Cristiana Oliveira

11- Débora Bloch
12- Maitê Proença
13- Júlia Lemmertz

14- Marisa Orth
15- Cissa Guimarães

Nada mais daquela imagem estereotipada de senhoras envelhecidas por cabelos brancos, roupas pesadas, fechadas, presa às tarefas de casa. A longevidade do brasileiro (a) de hoje ajudou no desejo de estar melhor com a aparência, o corpo em forma, sentir bem-estar consigo mesmo (a), estar tranquilo (a) com independência financeira e emocional. Pensamos em nós mesmos com um cuidado mais geral, a fim de enfrentar as adversidades da vida com mais força e aproveitar as boas coisas que ela nos oferece de um jeito mais prazeroso.


sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Viver Bem 50 anos

Vivemos um novo tempo hoje, no qual quem tem 50 anos ou mais não é mais estigmatizado como antes, como "velho", "vovô", "gagá", e tantas outras bobagens ofensivas e ridicularizantes ou, como chamam atualmente os tratamentos opressivos e humilhantes : abusivos. Não devemos tolerar mais abusos daqueles que nos apelidam o tempo todo ou tentam ridicularizar nossas atitudes. Mudamos,  e isso foi muto bom e muito bem-vindo. Podemos dizer que nos empoderamos ao passar a nos amar como somos.



Estamos no auge de nossas possibilidades, ainda muito entusiasmados pela vida, embora já tendo vivido e visto várias coisas das quais não gostamos, que causaram sofrimento ou das quais nos lamentamos, como as escolhas erradas que fizemos que pensamos em jamais repetir. Tudo bem, ainda há muito que aprender e conhecer, por isso ficamos mais seletivos e reconhecemos o valor do desapego, super importante para delinearmos o que queremos ou não que faça parte da nossa vida.



É isso aí, renovação sempre, estamos vivos e devemos aproveitar esta benção inacreditável que é viver, com todos os atropelos com os quais nos deparamos, ainda vale a pena cada minuto bem vivido.  Aproveitá-los com inteligência é nossa função agora. Vamos, ao menos, tentar ser melhores e fazer  tudo melhor.




Cuidar da saúde física e mental é fundamental, como também os cuidados com o intelecto: manter a cabeça interessada, atenta, ligada, movimentada, entusiasmada. Muitas coisas ainda podem ser um aprendizado novo e estimulante, ótimas para nos renovarem e nos manterem ativos no mundo. Espiritualmente também, não importando qual religião ou espiritualidade seja, contanto que nos aperfeiçoe como pessoas, nada de usar os conhecimentos como fonte de provocação do outro.  Há tanto o que fazer, o que dar e receber. Na realidade, ficamos com a sensação que só estamos começando , isso não é ótimo? 

Bem-vindos!

Marielle - Com M de Mulher, de Mãe e de Militante

Deveríamos tratar o caso da morte da política e militante Marielle Franco, com mais objetividade e clareza do que temos tratado a maioria do...